Em outubro, o projeto Pomares da Mata Atlântica realizou uma importante etapa de plantio de sistemas agroflorestais (SAFs) no assentamento Jequitibá, localizado em Mucuri, Bahia. Os plantios, que foram iniciados com espécies nativas da Mata Atlântica, em breve receberão outras culturas produtivas, cada uma a seu tempo, como banana, cacau e plantas de ciclo curto, como feijão, mandioca e abóbora.
O objetivo é aliar a restauração da floresta à geração de renda para as famílias que vivem na área, reforçando o elo entre a conservação e o sustento dos pequenos agricultores. Como afirmou João “Pezão,” integrante do núcleo Jequitibá, “o Movimento tem uma satisfação grande em ter essa parceria com o Programa Arboretum para fazer reflorestamento de nascentes, APP, área de reserva legal...”. Já para a assentada Maria Gonçalves, plantar nativas e ver a floresta reviver “é a realização de um sonho”. Entre as famílias do assentamento Jequitibá, onze são diretamente beneficiadas pelo projeto.
Essa ação no assentamento Jequitibá conecta o local a outros territórios vizinhos, como os assentamentos Paulo Freire e Nova Esperança (Zumbi), onde o Pomares da Mata Atlântica atua em SAFs semelhantes, beneficiando ainda mais comunidades na região.
Os SAFs integram culturas agrícolas com espécies florestais, beneficiando o solo, ampliando a infiltração de água e ajudando a controlar processos erosivos. Segundo o Decreto Federal n° 7.830/2012, esses sistemas promovem um manejo sustentável, onde árvores, plantas arbustivas e culturas agrícolas coexistem em uma unidade de manejo, gerando diversificação produtiva e fortalecendo a autonomia dos produtores.
O projeto Pomares da Mata Atlântica, coordenado pelo Centro de Desenvolvimento Florestal Sustentável (CDFS) do Programa Arboretum, visa restaurar áreas rurais em propriedades de agricultores familiares através do plantio de árvores nativas e frutíferas em consórcio com cultivos de interesse local. Financiado pelo Fundo Socioambiental da Caixa Econômica Federal, o projeto contribui para a segurança alimentar das comunidades e também gera renda através da agrofloresta.
Ao promover a inclusão social e ambiental, o projeto se consolida como um modelo de restauração produtiva, incentivando práticas que regeneram a Mata Atlântica e, ao mesmo tempo, fortalecem a sustentabilidade econômica das famílias envolvidas.
Nenhum comentário. Seja o primeiro a comentar!