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Cariniana legalis

jequitibá-rosa ((Mart.) Kuntze)

Cariniana legalis (Mart.) Kuntze

  • Família: Lecythidaceae.
  • Nome(s) vernáculo(s): jequitibá, Jequitibá-rosa, jequitibá-branco, jequitibá-rei, jequitibá-cedro, Jequitibá-aguilheiro, Jequitibá-vermelho (1) (2) (4).
  • Etimologia: Cariniana é uma homenagem ao príncipe Eugene de Savóia-Carignan e legalis significa legal, pelo fato da madeira desta espécie ser considerada de lei, isto é, madeira especial para construção civil e naval, que o governo português reservava para a Coroa (1).
  • Ameaça de extinção: EN – em perigo (3).
  • Especificamente na região da Hileia a espécie vem sofrendo com cortes seletivos, sem controle em áreas de floresta nativa, para utilização da madeira. A utilização ilegal principalmente para   fabricação de portas e janelas, é facilitada pelo aspecto da madeira similar à madeira do gênero Eucaliptus, contudo é facilmente distinguida por meio de caracteres dendrológicos.
  • Ocorrência Natural: Mata Atlântica (3);
  • Fitofisionomias de ocorrência: Área Antrópica, Floresta Ombrófila (Floresta Pluvial) (3).
  • Classificação ecológica: secundária tardia (1).
  • Frequência natural: irregular e descontínua (2), estudos em florestas localizadas no sul da Bahia e no norte do Espírito Santo constataram de 0,8 a 0,6 indivíduos por hectare (1).
  • Exigências silviculturais:
    • Quanto ao Solo: prefere solos argilosos, de boa fertilidade;
    • Quanto ao Sol: pleno a meia-sombra (1);
    • Quanto à Água: prefere áreas úmidas, porém com boa drenagem (encostas por exemplo) (1).
  • Hábito: arbóreo, com crescimento monopodial (boa formação de fuste), independente do espaçamento. Apresenta também boa desrama natural (1).
  • Porte: Grande. Destaca-se como uma das maiores árvores da floresta atlântica, mais de 50 metros de altura (1) (2) (4).
  • Crescimento: moderado a rápido (1). Observada muita diferença entre espécimes acusando necessidade de melhoramento genético para produção de madeira (1).
  • Arquitetura da Copa: copa ampla e globosa em forma de guarda-chuva (1).
  • Sombreamento da Copa: Médio.
  • Floração: entre os meses de dezembro e fevereiro (3).
  • Polinização: Abelhas.
  • Frutificação:entre os meses de julho e setembro (3).
  • Dispersão do fruto: Anemocórica (vento dispersa as sementes) (1)
  • Usos:
    • Restauração Florestal: espécie longeva de grande porte, importante para composição do estrato dominante na floresta em áreas úmidas com boa drenagem, preferencialmente em solos areno-argilosos ou argilosos;
    • Madeira para construção civil: compensados, laminados, móveis, armação, acabamentos internos, marcenaria, obras de interior, esquadrias, forro, tabuados em geral (1). Observada muita diferença entre espécimes acusando necessidade de melhoramento genético para produção de madeira (1);
    • Cortes finos: além de fósforos, artigos escolares, caixotaria, saltos para sapatos, tonéis, tamancos, brinquedos, lápis e cabos de vassoura (1);
    • Óleos; Resinas: apresenta resina na casca (1);
    • Melífera: potencial apícola, pois suas flores são melíferas (1);
    • Arborização urbana: indicada para parques e praças públicas (2);
    • Arborização e Sombreamento de pastagens: Espécie com boa formação de fuste e copa estreita;
    • Medicinal: na medicina popular a casca é utilizada na forma de chá como adstringente e pela sua atuação desinfetante é recomendado para inflamações de mucosas e faringite, sendo ainda útil para tratar doenças do útero e do ovário (1).

Ficha de Manejo de Sementes da Espécie Informe Técnico do Laboratório de Análise de Sementes Florestais

Referências

1. CARVALHO, P.E.R. Espécies arbóreas brasileiras. Brasília: Embrapa Informação Tecnológica; Colombo: Embrapa Florestas, 2003. (Coleção Espécies Arbóreas Brasileiras, v.1).

2. LORENZI, H. Árvores brasileiras: manual de identificação e cultivo de plantas arbóreas nativas do Brasil. v.1. 5ª ed. Nova Odessa: Editora Plantarum, 2008.

3. CATENACCI, F.S.; RIBEIRO, M.; SMITH, N.P.; CABELLO, N. B. 2020. Cariniana in Flora do Brasil 2020. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Disponível em: . Acesso em: 07 dez. 2021

4. SAMBUICHI, R.H.R., MIELKE, M.S., & PEREIRA, C.E. Nossas árvores – Conservação, uso e manejo de árvores nativas do sul da Bahia. Ilhéus – Bahia. Editus 2009. 296 p.

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