Byrsonima sericea
Murici do brejo
Byrsonima sericea DC.
- Família: Malpighiaceae
- Nome(s) vernáculo(s): Murici, murici-do-brejo, murici-miúdo (1) (2)
- Etimologia: Byrsonima deriva do grego burseus + onímeni que significam, respectivamente “curtido” e “ser útil”, em referência ao uso da planta em curtume. O nome vulgar Murici provém do tupi mborici, que significa “faz resinar” (Braga, 1960) (1).
- já sericea é em função da parte dorsal da folha possuir pelos (1)
- Ameaça de extinção: NE – não avaliada quanto à ameaça (3)
- Ocorrência Natural: Mata Atlântica, Amazônia, Caatinga, Cerrado (3)
- Fitofisionomias de ocorrência: Campo rupestre, Cerrado (latu sensu), Floresta Ciliar ou Galeria, Floresta de Terra Firme, Floresta Ombrófila/Pluvial, Restinga (3)
- Classificação ecológica: Pioneira a secundária inicial (1)
- Frequência natural: Frequente
- Exigências silviculturais:
- Quanto ao Solo: indiferente (1), contudo encontrada com mais frequência em solos arenosos.
- Quanto ao Sol: pleno sol ou meia sombra.
- Quanto à Água: espécie higrófila ou seja prefere áreas úmidas ou com drenagem lenta,mas pode ser plantadas em diferentes condições.
- Hábito: Arbóreo; arbustivo (3)
- Porte: Porte arbustivo em restinga ou terrenos pobres e arenosos até um porte mediano em outras áreas.
- Crescimento: Moderado a rápido.
- Arquitetura da Copa: Ampla e regular.
- Sombreamento da Copa: Mediano a denso.
- Floração: Janeiro a fevereiro.
- Polinização: Observada em sua maioria por abelhas. Especialmente abelhas coletoras de óleo e pólen.(1)
- Frutificação: Nos meses fevereiro e maio.
- Dispersão do fruto: Frutos dispersos predominantemente pela avifauna e também observada a dispersão por saguis (Callithrix spp) e saúvas (1)
- Usos:
- Recomposição Florestal: pela importância ecológica da família, na oferta de recursos à abelhas nativas coletoras de óleo, e pela oferta de frutos para a fauna, especialmente avifauna, é espécie importante na composição de plantios para restauração florestal. Na Hileia Baiana é uma das espécies mais frequentes em áreas antropizadas e áreas em estágio inicial de regeneração.
- Extrativos: a casca contem tanino e corante, que já foram muito utilizados para curtir o couro e tingir tecidos (2)
- Melífera: flores visitadas por abelhas para coleta de pólen e óleo.
- Alimentícia: comestíveis e usados para sucos, sorvetes, geleias e licores.(1) Braga(1960), citado em Carvalho(2008), refere-se á importância desse alimento para as populações pobres dos tabuleiros, que misturavam a polpa dos frutos dissolvida em água à farinha, sendo chamado de “cambica de murici” ou sambereba”.
- Arborização de ruas: bastante ornamental, potencial para arborização urbana de parques, avenidas, inclusive ruas.
- Sombreamento de pastagens: potencial para este uso, em função do bom sombreamento e da rusticidade.
- Medicinal: o chá das folhas é utilizado contra diarreias, infecções intestinais e como protetor da mucosa intestinal(1)
- Lenha: utilizada tradicionalmente para lenha, pode ser estudado seu plantio para essa finalidade, considerando o bom crescimento e rusticidade da espécie.
Referências
- CARVALHO, P.E.R. Espécies arbóreas brasileiras. Brasília: Embrapa Informação Tecnológica; Colombo: Embrapa Florestas, 2008. (Coleção Espécies Arbóreas Brasileiras, v.3).
- LORENZI, H. Árvores brasileiras: manual de identificação e cultivo de plantas arbóreas nativas do Brasil. 2. ed. Nova Odessa: Editora Plantarum, 1998. v.2
- Byrsonima in Flora do Brasil 2020 em construção. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Disponível em: <http://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB8845>. Acesso em: 04 Jun. 2017